Conhecer bem o perfil do público que será submetido à música ambiente em seu negócio parece ser meio óbvio, não é mesmo? De fato o é. Porém isso não é algo fácil de ser feito.
Naturalmente, conhecer cada pessoa entre as dezenas, centenas ou milhares que entram no seu negócio por mês é impossível. No entanto, é fundamental e possível entender o perfil da sua maioria.
Ter as informações básicas acerca desse mercado como gênero, idade e classe social, é importante e é o começo de tudo. Mas ainda estamos muito longe de ter o que precisamos. Agora imagine se tivermos esses dados segmentados por horário e dia da semana. Sem dúvida, teremos uma visão muito mais precisa do mercado e do que ele precisa em relação à música. Apesar de termos um retrato geral do público, podemos identificar diferenças entre os que frequentam à marca pela manhã, tarde ou noite, ou até mesmo no fim de semana.
No entanto, é fundamental termos um estudo do perfil desse mercado com um pouco mais de foco. Com isso, aumentaríamos a probabilidade de sucesso em relação à música. Mas como é possível ter algo ainda mais preciso? Não já seriam suficientes todas aquelas informações?
Uma coisa que precisamos entender é que as pessoas têm percepções e estereótipos diferentes sobre cada gênero musical. O estereótipo de cada um faz com que aquela pessoa enxergue uma marca de forma positiva ou negativa. Isso, inevitavelmente, vai influenciar o valor agregado e a percepção de valor de marca que um mercado tem sobre determinada marca ou produto.
É aí que entra no perigo. Não adianta apenas querer agradar seu cliente com a música baseado em seu perfil básico, mas entender qual seria a percepção de valor que você geraria como uma marca ou produto para um determinado mercado a partir de um certo estilo musical.
Nada contra estilos musicais X ou Y, mas imagine a percepção de valor agregada a uma marca quando o cliente entra numa loja de vinhos finos e ouve música sertaneja. É um exemplo um pouco radical, concorda? Mas casos iguais e semelhantes acontecem com frequência e o “buraco” é muito mais profundo do que pensamos.
Não só porque simplesmente escutar sertanejo não combina com beber uma garrafa de vinho, mas a consequência disso, além de prejudicar a percepção de valor de marca e branding dela, pode reduzir o ticket médio. Diversos estudos já apontam isso. Ou seja, clientes poderiam até gastar mais comprando uma garrafa de vinho mais cara, mas a música não está sendo bem utilizada.
É importante salientar que escolher o gênero musical certo não é suficiente. Um jazz, talvez, encaixaria bem com uma loja de vinhos finos, certo? Mas imagine a infinidade de jazz que pode escolher. Podemos optar por um jazz lento ou mais acelerado, cantados por vozes femininas ou masculinas. Ou até mesmo instrumentais. Quem sabe um jazz dos anos 70 ou talvez um mais moderno e contemporâneo, dos anos 2000, seja mais interessante. Temos jazz em inglês ou em francês, tendo como protagonista um piano, ou um saxofone. Cada variável afeta o subconsciente de maneira diferente, influenciando o branding e a percepção de um cliente sobre uma marca.